terça-feira, 12 de julho de 2011

Ele se responsabilizou por nosso futuro



Andando com Jesus

Moisés declarou: “Se não fores conosco, não nos envies”. O Senhor falou: “Eu mesmo o acompanharei, e lhe darei descanso” (Êx 33.15,14). A vida cristã também pode ser comparada a uma caminhada em comunhão com Deus. Iniciamos nossa vida com Cristo quando Ele nos convence de que não estamos sozinhos e que, ao render-nos a Ele, não pertencemos mais a nós mesmos. Pela fé cedemos nossos direitos para quem nos ama mais do que nós nos amamos. Pela fé entendemos que Ele está conosco e que daí para a frente nunca ficaremos fora da comunhão com Aquele que assumiu a responsabilidade pelo nosso futuro.

Em outras palavras, começamos a “andar” com Deus no momento em que Ele se torna nosso Senhor. Enoque andou com Deus. Conseqüentemente, foi arrebatado. Hebreus diz que pela fé ele agradou a Deus, “pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam” (11.5,6 – NVI). Andar com Ele, portanto, quer dizer agradá-lo pela busca.

O erro quase universalmente praticado consiste em buscar a vontade de Deus como se imediatamente Ele fosse nos deixar descobrir o que devemos fazer. Desejamos conhecer a vontade de Deus porque temos a convicção de que cumprir essa vontade há de nos recompensar com sucesso, manifestações de favor e graça especial. Moisés e Enoque entenderam que deveriam simplesmente andar com Ele, que a vontade máxima dEle seria nossa comunhão alegre e contínua no processo de caminhar com Ele.
Se for verdade que Ele nunca nos abandonará nem nos deixará (Hb 13.5), por que tememos errar o caminho? Ele é Deus, portanto, não pode se perder, nem tomar um caminho errado. Quem anda com Ele também não se perderá. Raras pessoas cristãs primeiramente buscam ao Senhor para conhecer a preferência dEle para, em seguida, pedir-lhe a bênção.

Jesus prometeu que não deixaria os discípulos órfãos; voltaria para eles (Jo 14.18). Ao mandar os discípulos irem por todo o mundo, fazendo outros discípulos e ensinando tudo o que Ele mesmo os ensinara, acrescentou que estaria sempre com eles, até o fim dos tempos. Se acreditamos nessa promessa, há uma firme garantia de que qualquer sentimento de abandono não passa de incredulidade em Sua palavra ou, possivelmente, que estamos nos desviando do caminho para o pecado.

Alguém poderia perguntar: quais são as atitudes fundamentais necessárias para andar com Deus? Não tenho uma fórmula completa e infalível, mas creio que algumas prioridades são imprescindíveis.
1) Nunca se deve questionar a sabedoria e o poder de Deus. “Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam e são chamados de acordo com seu propósito”.
2) Nunca se deve duvidar de que o caminho de Deus, perfeitamente assinalado em Sua Palavra, é melhor que outro que parece preferível. Ele deseja o meu bem, sempre.
3) Nunca se deve tentar desviar dos trechos mais acidentados do caminho, íngremes ou sinuosos. Jesus disse que o caminho largo conduz à perdição!
4) Nunca se deve tentar andar sozinho. Em vez disso, devemos buscar companheiros de viagem que, conosco, sigam junto ao Mestre. “É melhor ter companhia do que estar sozinho”, diz o sábio. “Se um cair, o amigo pode ajudá-lo a levantar-se. Mas pobre do homem que cai e não tem quem o ajude a levantar-se” (Ec 4.9,10).
5) Nunca se deve desprezar aqueles seguidores que, como Enoque e Moisés, refletem a glória do Senhor nos seus rostos.
6) Nunca se deve tentar esconder os passos dos que andam errantes, sem bússola, ou que carecem da capacidade de reconhecer o caminho do Senhor. Estes, quando desenvolvem suas habilidades de buscar e andar com Deus, poderão um dia ser resgatados da valeta em que caíram por descuido ou ignorância.
7) Nunca se deve gabar-se do sucesso de andar com Deus. Efetivamente, o caminho é dEle, não nosso.

Deus é supremamente bom! Aquele a quem seus filhos devem amar e em quem devem confiar incondicionalmente, sem o menor temor de que a realidade possa ficar aquém do desejo do coração, assim pensou Wm. Huntington (Refrigério para a Alma, Shedd Publicações, p. 15). Uma vez convicto dessa estupenda realidade, caminhar com Ele se torna a mais pura alegria. “Porque a alegria do Senhor é nossa força” (Ne 8.10). David Brainerd disse, ao falecer com apenas vinte nove anos de idade: “Não teria vivido a minha vida de modo diferente do que vivi por nada neste mundo!“

Russel Shedd

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