quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

ANO NOVO


Comprometimento

Creio que a prática de iniciar um novo ano com resoluções e promessas que poderiam melhorar nosso caráter tem perdido popularidade. Raras vezes alguém quer limitar sua liberdade futura com um voto ou vetar possibilidades de gozar prazeres que poderão surgir. Freqüentemente, o que se percebe é uma inutilidade em criar resoluções quando lembramos do rumo das mudanças que planejamos praticar em anos passados.

Jonathan Edwards, renomado pensador e pastor do século 18, na Nova Inglaterra, listou várias resoluções que poderiam nos proteger das tentações que tão facilmente desviam os bem-intencionados dos bons propósitos. Acreditava que uma vez que estas resoluções fossem praticadas regularmente, se tornariam hábitos. Agora pare e pense na vantagem de uma vida presa aos trilhos dessa lista resumida das resoluções que Edwards escolheu quando ainda era jovem.

Nunca perder um momento do tempo, mas usufruí-lo do modo mais proveitoso que puder. Viver com toda intensidade.

Nunca fazer nada que teria medo de fazer se fosse a última hora da vida.
Pensar muito, em todas as ocasiões, na própria morte.

Nunca falar ou relatar algo que não seja a pura e simples verdade.

Esforçar-se ao máximo para negar tudo o que não condiz com uma boa e universalmente doce e benevolente, quieta, pacífica, contente, simples, piedosa, generosa, humilde, mansa, modesta, submissa, cooperativa, diligente e esforçada, amável e paciente, moderada, perdoadora e sincera atitude: e fazer em todo o tempo o que tal atitude o levaria a fazer.

Exercitar-se durante toda a vida, para que, com a maior abertura, possa declarar caminhos para Deus e abrir a alma para Ele.

HÁBITOS FACILITAM UM CAMINHAR CRISTÃO
O desafio principal do discipulado cristão é criar hábitos que, com contínua repetição, produzam atitudes e finalmente um caráter que possam lembrar nossos familiares e amigos em Cristo. Paulo exorta os crentes de Roma a renovar suas mentes, repudiando os moldes do mundo. Como nunca visto antes na história da humanidade, programas de televisão, vídeos e internet desviam dos trilhos das resoluções acima citadas. Acrescentando-se a isso, conversas sem bons objetivos apenas desgastam a vida. Cremos que todos temos o direito de ter divertimento. O tempo que eu gasto no trabalho e nas demoradas viagens para chegar ao local do serviço podem me ser compensados com entretenimento frívolo. Em lugar de aproveitar os momentos do lazer com atividades edificantes, jogamos no lixo aquilo de precioso que Deus tem para nos dar. Atiram-se os momentos desperdiçados como pérolas aos porcos. Jesus disse que nosso amor mútuo seria a propaganda mais eficaz para convencer o mundo de que somos discípulos de Cristo. Seria a arma de maior potência para derrubar as defesas do Inimigo. Porém creio firmemente que a prática dessas resoluções também solucionariam muitos problemas que assolam nossos lares. Os divórcios e separações que aumentam assustadoramente, sumiriam. Brigas e desentendimentos entre pais e filhos, irmãos e irmãs, teriam uma notável tendência a desaparecer.
O perfume de Cristo encheria toda a casa como a fragrância do nardo puro que Maria despejou nos pés de Jesus! As resoluções de Edwards têm paralelos com o fruto do Espírito que Paulo recomendou aos gálatas briguentos. Paulo taxa a inveja e as competições pelas vantagens egoístas e o poder dominador nas igrejas, de “obras da carne”. Deus tem outro ideal para Seu povo.
CONCLUSÃO
Resoluções estão fora de moda porque requerem comprometimento. O que está em falta nos dias de hoje é o compromisso com as pessoas em lugar da dedicação a um negócio lucrativo ou a uma posição de poder e domínio. Essa postura não é nova. Os discípulos de Jesus discutiram acerca de qual deles era considerado o maior na véspera da crucificação de Cristo.
Ele os repreendeu: “Os reis das nações dominam sobre elas e os que exercem autoridade sobre elas são chamados benfeitores. Mas vocês não serão assim. Ao contrário, o maior entre vocês deverá ser como o mais jovem, e aquele que governa, como o que serve” (Lucas 22:25-26 – NVI). Se renunciarmos ao padrão deste mundo e renovarmos a mente, seremos capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
Russel Shedd

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